17/04/2010

Então eu estava num palco, cortinas de veludo vinho
chão de madeira brilhante, vestido rodado, rendado
rendado e rodado!
Eu estava bem parecida com ela: Capitu, mas não tinha olhos
de cigana oblíqua nem dissimulada, nem nada!
Talvez os olhos curiosos de Amélie Poulain, mas enfim; o príncipe
ou heroi, ou qualquer um desses que aparecem nos contos ajoelhava-se e
me dizia: - CASE-SE COMIGO, RRRROSA ENCANTADA (é, tinha um sotaque meio francês),
e então marionetes começavam a andar em círculos, como num carrossel, faziam: TOC, TOC, TOC, mas era tão real, tão real a onomatopeia que só ao acordar com a naturalidade do barulho percebi que era a marreta do pedreiro na casa em cima da minha! sem mais.

Nota: caso verídico.

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