23/12/2009

Aquele tal de natal!

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Ah, esse tal de natal
Vai saber quem sabe seu significado
depois do primeiro estouro todo mundo esquece
E fica embriagado.
É árvore decorada. Presente pra criança.
Peru e carne assada. O povo enchendo a pança.
Pisca-pisca daqui, gente que pisca e tropeça dalí.
Já teve abraço, briga e discussão,
passou meia-noite, todo mundo já de taça vazia na mão
Tá tarde, é hora de dormir, apagar a luz
Ei, mas espere aí!
Alguém lembrou de saudar o menino Jesus?
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E SE

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E se eu fosse uma escritora parasita
que escreve coisas em série, ao invés de expôr
vo-mi-ta
E se eu fosse uma escritora de viagem
produz um livro em cada língua, nunca fala de
sa-ca-na-gem
E se eu fosse, então, uma escritora assim
Quando eu morresse, alguém se lembraria
demim?
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Atire a primeira pedra quem nunca domingou
sim, aquela tarde ociosa..lenta, tudo lento
tudo, ãhn? lento? ah, é!
Lá vem o amanhã, começa tudo de novo, mas,
melhor do que hoje, o dia é mole
que sonolência, tô cochilando...
Ai! que pedrada! me acertou;
Ei, você não vale! É a-presentador de te vê.

Toc Toc Toc; Vapt Vupt..

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...que onomatopeia!
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Três é demais!

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três golinhos de água antes de dormir
três carneirinhos pulando, já adormeci
três sonhos bem longos, em um eu caí
três horas depois, acordei e sorri
Já tinha passado da hora, pensei e corri
olhei no relógio e voltei a dormir
Vovó já dizia: um é pouco, dois é bom [...] é isso aí.

Coisa engraçada

Eu tenho medo do escuro
na madrugada
E não tenho medo do futuro
mas que piada.
Um vento cheiroso passa pela janela. Um gosto de chuva. Eu me sinto jovem, ainda mais nas noites.
Ouvindo as estrelas; elas representam meus sonhos. Você vê algumas na superfície e se olhar mais, bem fundo, verá milhões [...]
Incontáveis.
É algo fantástico. Entre o estranho e o maravilhoso. Sob o sol as pessoas não parecem tão solitárias como quando ele desaparece. A solidão das grandes metrópoles. Milhares de luzes acesas [...] tédio, solidão, insônia. À noite vem o ócio criador. A noite desligamos a máquina que nos tornamos ao despertar e somos quem realmente somos.
Chove, deixa enferrujar, deixa ondular, deixa encharcar. Permita-se molhar, contagiar,cair, ouvir, beijar, sentir. Mas não resfriar!
Um guarda-chuva. Acho que não vai resolver. Não há guarda-chuva contra a vida.
A janela acesa apagou sua luz. Melhor entrar.

17/12/2009



uma boa dose de cafeína
pensamento voa com a cortina
na brisa delirante da retina















Maria do Relento

01/12/2009

Eu não sei quantos palmos separam a sua mão da minha. Nem quantos segundos ainda faltam pro tempo resolver parar com você perto, nem se ele vai fazer isso por mim; tenho sido malvada, brigando com ele o tempo todo por sua causa. Eu nunca tive vocação pra esse tipo de brincadeira, a saudade. Também não sei se você tem vocação demais ou só eu não percebi que não é brincadeira. Mas pra mim já é hora de você aparecer, mostrar que a sua pele pode ficar junto da minha, além da imaginação. Anda, eu quero acordar e não consigo. Tem um lobo correndo atrás de mim no meu pesadelo e eu sei que você vai me acordar, mas que seja logo, ele está chegando muito perto.